O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no mundo. Entre os pacientes que conseguem se recuperar, 70% passam a apresentar algum tipo de sequela cognitiva ou motora após o episódio. Contudo, uma nova técnica criada por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto vem trazendo esperança de mais qualidade de vida às vítimas do AVC isquêmico, tipo mais comum problema.
O tratamento endovascular emergencial do AVC isquêmico agudo já foi aprovado pela ANVISA, mas, infelizmente, ainda não é reembolsado pelo SUS. Por isso, ele tem sido utilizado apenas por alguns hospitais privados e poucos centros universitários acadêmicos de grande porte.
Tratamento endovascular: o que é?
Popularmente chamado de cateterismo cerebral, o tratamento endovascular consiste em desobstruir uma artéria do cérebro que está entupida por um coágulo e restaurar o fluxo de sangue para as áreas do cérebro que estavam sofrendo isquemia.
Desta forma, o tratamento é capaz de reduzir significativamente as sequelas provocadas pelo AVC.
Como é feito?
Os médicos colocam um cateter na artéria femoral na perna e o levam até o vaso cerebral que está estupido e avançam através do coágulo com um stent.
“Este stent é como um tubo feito de malha metálica que é desembainhado no local do entupimento para pescar o coágulo, desentupindo a artéria cerebral que estava obstruída”, explica Octávio Pontes-Neto, chefe do Serviço de Neurologia Vascular e Emergências Neurológicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Quem pode ser submetido?
O tratamento é indicado para os casos em que uma grande artéria do cérebro está entupida. Por isso, Pontes-Neto estima que de 15 a 20% dos pacientes com AVC isquêmico possam se beneficiar da nova técnica.
“O procedimento é indicado justamente para os pacientes mais graves e aqueles casos nos quais o tratamento somente com medicamentos trombolíticos na veia, muitas vezes, é insuficiente para abrir a artéria entupida”, comenta o neurologista.
Fonte: vix Imagem: afamily.vn,
Central da Fisioterapia, vix
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