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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Risco de trombose é maior com os anticoncepcionais modernos




Juliana Bardella, universitária de Botucatu de 22 anos, sobre os 15 dias (três deles na UTI) internada em um hospital por conta de uma trombose venosa cerebral assustou as brasileiras. O motivo? A jovem alegou que a causa da doença foi o uso prolongado da pílula anticoncepcional, pois há cinco anos ela tomava um contraceptivo oral de nova geração — justamente o tipo que pode provocar mais efeitos colaterais.

 Há dois meses, Juliana começou a sentir uma dor de cabeça que, aos poucos, foi evoluindo até ela precisar ir ao pronto-socorro. Após ser diagnosticada com enxaqueca e tratada com medicamentos, Juliana voltou pra casa. Dois dias depois, contudo, acordou sem conseguir comandar sua perna e mão direita e também com grande dificuldade para realizar funções simples do cotidiano, como enviar mensagens pelo celular e ir ao banheiro. A jovem foi socorrida por amigas e levada a um hospital de São Paulo pelos pais, onde realizou uma ressonância que revelou o diagnóstico –não era apenas uma enxaqueca.

Pois as pílulas anticoncepcionais aumentam, sim, os riscos de desenvolver trombose, principalmente entre aquelas que têm histórico familiar da doença, fumam e sofrem de enxaqueca. Um estudo publicado no ano passado no periódico científico The BMJ revelou que as pílulas modernas, que surgiram a partir da década de 90, são as que oferecem maior risco para as mulheres. O fato é que, enquanto os anticoncepcionais orais mais antigos são compostos apenas pelo derivado da progesterona, a nova geração de contraceptivos é composta por uma combinação de derivados de dois hormônios: progesterona e estrogênio. Essa combinação, sobretudo com novas gerações de progesterona (principalmente as compostas com drospirenona, desogestrel, gestodeno e ciproterona), é que é responsável pelo risco maior.

 O fato é que os contraceptivos orais afetam o sistema circulatório da mulher, aumentando a dilatação dos vasos e a viscosidade do sangue. Como resultado, é possível que se formem coágulos nas veias profundas, localizadas no interior dos músculos. É mais comum que isso ocorra nas pernas, mas é também possível que o problema surja nos pulmões e até no cérebro, onde pode haver um acidente vascular cerebral (AVC).
Fonte: Veja

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