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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Funcionários protestam contra demissões


Funcionários da Mercedes-Benz fizeram um protesto nesta quinta-feira (18) contra demissões na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde são feitos ônibus, caminhões e chassis. Eles tomaram duas faixas da direita e o acostamento da via Anchieta, no sentido do litoral, entre os quilômetros km 14 e 16.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, 6 mil trabalhadores participaram da manifestação. Já a Polícia Rodoviária estimou o número em 2 mil.

A rodovia foi totalmente liberada a partir das 10h38, segundo a concessionária Ecovias.

O sindicato afirmou que a Daimler, controladora da Mercedes-Benz na Alemanha, não autorizou a negociação das demissões.

No entanto, a assessoria da montadora no Brasil afirmou ao G1 que está aberta a conversas e negociando com o sindicato.

"Apesar da redução do quadro de pessoal ser inevitável, a companhia se reuniu com o sindicato ontem e continua em negociações com a entidade no dia de hoje", informou a Mercedes-Benz em nota.

Em assembleia realizada pela manhã, os trabalhadores decidiram fazer manifestações diárias para tentar reverter a decisão da empresa. A fabricante ainda não informou quantos trabalhadores serão dispensados.

Alguns já receberam os telegramas de demissão, mas o sindicato disse para eles não comparecerem na data determinada para fazer a rescisão, ainda na esperança de manter os empregos.

Os cortes só podem ser feitos a partir de setembro, pois, devido à adesão de toda a fábrica ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), entre setembro do ano passado e o fim de maio deste ano, os funcionários têm estabilidade até 31 de agosto.

"Desde o início da crise, a empresa sempre negociou todas as medidas implementadas com o sindicato para o melhor gerenciamento do excesso de pessoas na fábrica", afirmou a Mercedes-Benz.


Fábrica da Mercedes-Benz produz caminhões, ônibus e chassis (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
Fábrica parada
A empresa suspendeu a produção da fábrica de caminhões e ônibus por tempo indeterminado na última segunda-feira (15). A medida ocorre cerca de 10 dias depois de a montadora dizer que iria demitir na unidade.

Praticamente todos os 10 mil colaboradores estão em licença remunerada, com exceção dos que exercem funções consideradas "essenciais", como segurança e comunicação.

A Mercedes informou que há um excedente de mais de 2 mil trabalhadores na unidade em virtude da "drástica redução de vendas de veículos comerciais nos últimos anos".
Fonte: G1
O último Plano de Demissão Voluntária (PDV) teve adesão de cerca de 630 pessoas, entre 1º de junho e 25 de julho, informou a montadora

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