
A França é um dos países ocidentais que mais têm sido alvo de atentados ligados ao extremismo. Desde janeiro de 2015, são mais de 230 pessoas mortas e de 700 feridos em vários ataques no país.
França ter a maior comunidade muçulmana da Europa, estimada em 6 milhões de pessoas, o que corresponde a quase 10% de sua população.
Essa população imigrante ou nascida na França de origem estrangeira sofre há décadas problemas de integração e é, em boa parte, desfavorecida socialmente.
Eles residem em áreas que concentram uma população imigrante de baixa renda, o que cria verdadeiros guetos e favorece o comunitarismo, acirrando o sentimento de exclusão social.
Nessas periferias consideradas problemáticas, a taxa de desemprego são maiores do que a média nacional.
Os autores dos últimos atentados e projetos de ataques na França têm um perfil semelhante: fracasso escolar e profissional, com "bicos" ou empregos com baixa qualificação, condenações na Justiça por crimes de violência, tráfico ou roubo e, em boa parte dos casos, radicalização na prisão.
A França é o país europeu de onde mais saíram jovens para se aliar ao Estado Islâmico na Síria ou no Iraque.
Segundo o governo, cerca de 1,8 mil franceses estariam implicados em movimentos jihadistas na Síria e no Iraque. Em torno de 600 ainda estariam nesses países. Desse total, mais de 200 são mulheres, número que vem crescendo nos últimos meses.
Durante muito tempo, inclusive após os atentados contra a revista Charlie Hebdo e o supermercado judaico, em janeiro de 2015, imãs ainda faziam livremente discursos considerados radicais.
"Nós somos atacados porque somos o país da laicidade, da liberdade, um país que há uma concepção da maneira de viver junto que é bem diferente do que há em outros lugares", declarou o primeiro-ministro, Manuel Valls, após o ataque em Nice.
Fonte: BBC Internacional
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